Texto extraído do blog do Zé Dirceu (PT) - ele faz uma análise das atuais candidaturas à presidência e conclama a militância petista para a "batalha" que, segundo Zé Dirceu, começa agora:
Quatro candidatos a presidente já miram 2010
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, registram os jornais, é convidado para se filiar ao PMDB por ninguém menos que o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP) e pelo líder do partido na Câmara, deputado Eduardo Alves (RN).
Quatro candidatos a presidente já miram 2010
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, registram os jornais, é convidado para se filiar ao PMDB por ninguém menos que o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP) e pelo líder do partido na Câmara, deputado Eduardo Alves (RN).
Ao mesmo tempo, o ex -presidente senador José Sarney (AP) informa ao presidente Lula que o PMDB não abre mão da presidência do Senado.
Como vemos, e como tenho dito, 2010 é agora e o PT tem que tomar ao pé da letra essa realidade. Precisa se unir, priorizar 2010 e ter a consciência do risco real, já que é um direito do nosso principal aliado (o PMDB) nas próximas eleições presidenciais ter uma candidatura própria.
Fora a disputa que o governador tucano paulista José Serra levará até às fileiras do PMDB para criar uma base de apoio à sua pretensão presidencial. O que está em jogo, então, vejam bem, é não só a aliança com o PMDB, mas nossa ida para o 2º turno em 2010.
Não é impossível vislumbrar-se hoje - e esse já é o quadro real - um cenário com quatro candidaturas ao Palácio do Planalto:
- a do PT, provavelmente a ministra-chefe da Casa Civil da presidência da República, Dilma Roussef;
- a do PMDB, Aécio Neves;
- a do PSDB, José Serra;
- e por fim a do PSB, deputado Ciro Gomes (CE).
Sem falar na hipótese de uma chapa tucana Serra-Aécio, com um candidato do DEM a governador de São Paulo. Há, ainda, a possibilidade real de uma aliança Aécio-PSB com o deputado Ciro Gomes de candidato a vice-presidente. E tudo depende, também, de interesses regionais, particularmente, de garantir o apoio para nossa/o candidata/o presidencial no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.
Os desafios e os riscos de 2009
Nessa corrida sucessória presidencial desencadeada dois anos antes, o principal a ter atenção, principalmente da parte dos petistas, é que o PMDB é a chave da questão. E sua posição dependerá de seus interesses regionais, das chapas e da eleição de governadores, senadores e deputados. Daí a necessidade e a importância das alianças nos estados e da urgência de consolidar alianças regionais.
Por isso mesmo, a despeito da decisão do DN de marcar para novembro do ano que vem as eleições diretas, nós do PT precisamos avaliar se não estamos cometendo um grave erro ao não antecipar, ou mesmo adiar, nossas eleições internas de 2009, porque elas podem paralisar o partido ou deixá-lo sem uma coordenação nacional que dirija o processo junto com as direções e lideranças estaduais.
Devemos ter a consciência de que 2010 é a eleição de nossas vidas para a manutenção do projeto político que levou Lula à presidência em 2002. E de que o futuro desse projeto depende de uma ampla coalizão partidária e que hoje a eleição do sucessor (a) do presidente depende do PT e de Lula, de nossa capacidade de mobilizar o país para defender a continuidade das mudanças e conquistas que Lula e seu governo obtiveram e do aprofundamento das políticas de desenvolvimento e distribuição de renda que iniciamos. Precisamos, como partido, urgentemente mobilizar nossa base social e eleitoral para debater e construir um programa para 2010 e para defender e disputar o eleitorado médio e de centro no país, enfrentando sem medo o discurso preconceituoso e elitista da direita e da oposição. Temos que dar a batalha das idéias e resgatar as realizações de nossos governos, sem medo do poder econômico e da mídia, acreditando que temos a maioria do país e que fizemos o melhor no governo do Brasil.
O desafio da direção atual do PT é realizar o processo de encontros municipais, estaduais e nacional, com eleições diretas para as direções do partido em novembro de 2009 e, ao mesmo tempo, construir um programa e as alianças regionais e nacional, necessárias para disputar e vencer as eleições de 2010. A tarefa não é pequena. Exige uma articulação envolvendo os ministros petistas, nossos candidatos a governos nos Estados, ao Senado e à Câmara. Deve envolver os atuais parlamentares, governadores, sem perder de vista que ainda teremos que definir a candidatura do partido à Presidência da República.
A saída é transformar o processo de eleições internas num momento de discussão do programa de governo da nossa candidatura à presidência e de mobilização popular, sem descuidar das alianças regionais e das chapas de senadores e deputados.
Nota do Blogger: Resta ao PT investir todas as fichas e tentar ir para o segundo turno. Lula não consegue transferir o carisma para os seus aliados e isso tem deixado os petistas de orelha em pé. Somente uma ótima composição, uma chapa forte, levaria o PT para o segundo turno, E ai, ai são outros quinhentos! No segundo turno já estarão eleitos deputados e senadores e a briga será mais nos bastidores, não se mostrarão as armas e nem a cara. Restaria também ao PT fazer valer sua força articulada com os atuais aliados e prorrogar o mandato de Lula, unificando as eleições em 2012, isso daria tempo para fomentar uma candidatura e buscar espaço nas futuras articulações. Com Dilma esse jogo nem começa.
4 comentários:
O PMDB será o fiel da balança em 2010, tanto no Pará como no Brasil.
No Pará Jader Barbalho e Paulo Rocha parecem já ter tudo acertado para uma caminhada profícua. No Brasil se o entendimento de Aécio Neves, hoje no PSDB, mas com os dois pés ja dentro do PMDB, for por uma aliança com Serra, teremos uma disputa muito boa. Muita água ainda há de passar por baixo desta ponte, no caso à rampa do Palácio do Planalto. Se a segunda hipótese acontever, Jáder terá o poder de decidir se quer Simão Jatene, Mario Couto ou outro nome qualquer que venha a surgir nesse meio tempo. Para todo o lado que pender o PMDB, junto penderá a balança de um partido que hoje comanda boa parte do país e que não tem um nome forte para brigar pela cadeira maior. triste sina do partido que se submete à vontade de alguns, daqueles que acham que "eu me dando bem, tá tudo bem".
Falta coragem ao PMDB para lançar candidato. Bons nomes o partido tem. Senadores como José Sarney, Pedro Simon, Mão Santa, Eliomar Quintanilha, e tantos outros espalhados pelo Brasil. Fata ao PMDB expurgar a ganância de alguns fortes dirigentes estaduais, fazer com que eles entendam que o partido é maior que suas ambições.
Bons nomes,poucos votos.
bons nomes e o maior bancada, maior numero de prefeitura e vereadores..ledo 13:22
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