Em meio a críticas do Palácio do Planalto sobre as 1.300 demissões realizadas no ano passado, a Vale anunciou nesta quinta-feira que vai encomendar 49 embarcações a estaleiros nacionais, investimento de 398,6 milhões de reais e que vai gerar 2.370 empregos diretos e indiretos.
Para manter as encomendas no Brasil, o diretor de portos e navegação da maior produtora de minério de ferro do mundo, Humberto Freitas, disse ter feito um grande esforço junto aos estaleiros nacionais para garantir preço e qualidade.
"A gente forçou para que ficasse mais barato aqui dentro, é política da Vale comprar no mercado nacional...porque o pessoal vai consumir mais aço e é um viés social da companhia", explicou o executivo.
A encomenda tem por objetivo a construção de 15 novos rebocadores (embarcações que auxiliam nas operações de manobra dos navios) e dois comboios fluviais (32 barcaças e dois empurradores no total).
"Essas encomendas parecem não estar adequadas ao momento (por causa da crise), mas fazem parte da estratégia da Vale, que é sempre estratégia de longo prazo", afirmou.
Ele explicou que os rebocadores visam apoiar a expansão da companhia no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão, e no Complexo de Tubarão, no Espírito Santo, para atender, principalmente, o transporte de minério de ferro.
Os rebocadores serão adicionados à frota atual, hoje com 14 embarcações depois de a companhia ter optado por vender parte da frota de navios da Docenave, empresa de navegação da Vale, no início desta década.
Onze rebocadores serão construídos no estaleiro Detroit, em Navegantes (SC), e outros quatro em Aracaju (SE), no estaleiro Santa Cruz.
Os rebocadores custarão 276,3 milhões de reais. A primeira entrega está prevista para este ano e os demais rebocadores serão entregues até 2011, quando está previsto o início de operação do Píer 4 de Ponta da Madeira.
Já as 32 barcaças e os dois empurradores custarão 122,3 milhões de reais e serão construídos no estaleiro Rio-Maguari, em Belém (PA). Essa frota irá atender à mina de Urucum, em Corumbá (MS), transportando minério na rota Brasil-Paraguai e Brasil-Argentina, disse a Vale.
Fonte: Reuters Brasil
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