sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A DIVISÃO DO PARÁ

Divisão do Pará aumentaria em 36,7% custos dos estados.

A proposta de divisão territorial do Pará seria inviável. É o que aponta o estudo "Custos de Funcionamento das Unidades Federativas Brasileiras e suas Implicações sobre a Criação de Novos Estados", realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A pesquisa foi encomendada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), com o objetivo de avaliar o impacto econômico e social que a criação de novos estados acarretaria no país.

Segundo os dados divulgados pelo Instituto, se Carajás, Tapajós e Xingu fossem criados, os novos estados, somados, ficariam com um terço do PIB (Produto Interno Bruto) paraense e com 29% da população estadual. Os gastos públicos dos quatro estados, somados, seriam 36,7% maior que o atual.

A situação mais crítica é a do estado do Xingu, que teria que gastar 100,35% do seu PIB apenas para a manutenção da máquina pública. O estado de Carajás precisaria de 22,52% e de Tapajós 39,04%. No Brasil, os gastos médios dos estados não ultrapassam 12,47% do PIB.

O relatório também destaca que novos estados criados nesta região teriam problemas populacionais. “No Norte do país, os municípios têm uma extensão territorial muito grande, mas, em geral, população pequena. Com essa configuração, os novos estados seriam pouco povoados e a maioria deles, pouquíssimo populosos”, afirma o relatório. Apenas Carajás teria densidade populacional maior que a média da região, que é de 3,80 habitantes por km².

O Ipea conclui o relatório avaliando que as proposições de novos estados “carecem de fundamentação econômica” pois alguns gastos estimados superam o próprio PIB regional. As propostas que sugeriam a criação dos estados de Carajás, do Tapajós e do Xingu já foram arquivadas, mas ainda existem movimentos regionais favoráveis às idéias.


Fonte: Diário do Pará

3 comentários:

Unknown disse...

Para que dividir. Para gerar mais despesas, cargos públicos, mais deputados e nós pagando a conta ? Para com isto. Deixem o Pará como está.
Abraços

Zé Dudu disse...

Penso diferente de vc caro Luiz.

A divisão do Pará traria despesas sim. Todavia os benefícios que poderiam ser alcançados pela população do sul e sudeste do Estado (Carajás) praticamente esquecida pela Governadora Ana Júlia e por tantos outros que ali estiveram, seriam incalculáveis.

Aqui não temos estradas decentes, as pontes são uma vergonha, escolas em petição de miséria, professores mal remunerados,saúde na UTI (se tivessemos uma), órgãos públicos e autarquias estaduais inexistes ou inoperantes, e por ai vai.

Sei que o pensamento primário é o do aumento de despesas. Tenho pensado nisso como investimento.

Olhe para o Tocantins, o que se vê em desenvolvimento na agricultura, pecuária, meio-ambiente, indústria entre outros, é muito grande desde a criação do Estado. A divisão do Estado do Pará é um fato que não pode ter volta.

Obrigado pela visita e pelo comentário.

Anônimo disse...

Depois desse levantamento do IPEA os projetos de Carajás e Tapajós foram arquivados.

http://www.orm.com.br/projetos/oliberal/interna/default.asp?modulo=250&codigo=394517