Uma discussão recente entre representantes do Conselho das Cooperativas do Transporte Urbano de Parauapebas (CCTUP), Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT) e União Municipal dos Estudantes de Parauapebas (Umespa), chamou a atenção para uma questão que envolve os direitos garantidos em lei dos estudantes que utilizam o transporte público da cidade: o uso da carteira estudantil.
A problemática teve iniciou quando um grupo de universitários procurou a imprensa para denunciar o abuso e manifestar sua indignação com os serviços prestados pelos vanzeiros que utilizam o espaço urbano da cidade. Alegando que os vanzeiros não estariam aceitando a carteira de estudante conforme manda a Lei.
Isso mexeu com o brio da categoria dos motoristas e cobradores de vans que também procurou a imprensa para dar sua versão dos fatos quanto à aceitação ou não, da carteira estudantil. A Categoria apresentou denúncias de que a Umespa estaria emitindo carteiras de estudante aleatoriamente para quem pagasse a taxa.
A partir daí, um repórter do Carajás o Jornal, descaracterizado, procurou a sede da Umespa para pedir informações sobre o que era necessário para tirar uma carteira estudantil. O jornalista foi informado, pelos funcionários da entidade, que a documentação necessária era pelo menos uma foto 3x4, o preenchimento do formulário e a apresentação da escola ou instituição de ensino que estudava, além do pagamento da taxa de R$ 5,00.
O jornalista comentou que era universitário e que por isso não poderia levar a declaração, alegando que teria que pagar pela mesma e que ainda assim só a receberia com quinze dias de espera. O detalhe é que o jornalista não estuda em nenhuma instituição de ensino do município.
Os funcionários que estavam respondendo pela entidade no momento, comentaram que não haveria nenhum problema em tirar a carteira sem a apresentação da declaração.
De posse dessas informações, na tarde de quinta-feira (15), o mesmo jornalista do Carajás O Jornal, voltou à sede da Umespa, onde preencheu o formulário com endereço inexistente, sem o nome do curso ou número da matrícula e o entregou à funcionária, sem a declaração da instituição de ensino. A denúncia dos vanzeiros foi confirmada pela equipe de reportagem do Carajás o Jornal na tarde seguinte. Sexta-feira (16), mais uma vez o jornalista voltou à Umespa e recebeu a carteira de estudante sem nenhuma dificuldade. ( Jornal Carajás )
Nota do Blogger: O caso é sério e deve haver uma investigação do Ministério Público urgente. Estudantes que tem os seus direitos adquiridos, não podem ser confundidos com pessoas atendidas com carteiras falsas emitidas por uma instituição que deveria estar acima de qualquer suspeita, mas, como se viu, não está. Por outro lado, os vanzeiros não podem bancar os desmandos que acontecem em tal instituição. O caso é de polícia e ela deve agir o mais rápido possível.
Uma reunião entre as partes envolvidas e talvez pudesse se achar uma solução imediata para o problema, sem prejuízo para vanzeiros e estudantes. A instauração de inquérito policial deve ser uma das primeiras atitudes. Faltou ao jornal mencionar os nomes dos funcionários da Umespa envolvidos na irregularidades.
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